Muito embora o cancro acarrete muito sofrimento emocional, isso não significa que todos os que se deparam com este diagnóstico tenham de obter apoio psicológico através de um profissional de saúde mental. Algumas pessoas acabam por conseguir ajustar-se a situações adversas ou mudanças repentinas na sua vida, dependendo dos recursos que disponham, como a rede de suporte (ou seja, familiares, amigos) e características pessoais de resiliência.
Porém, existem vários motivos que podem levar alguém a requerer apoio psicológico, podendo essa decisão partir do próprio ou não (por exemplo, pode ser sugerido por um familiar ou recomendado por outro profissional de saúde). Normalmente, se alguém sugere à pessoa que procure ajuda, fá-lo por notar alguma alteração no seu comportamento ou considerar que a situação que a pessoa está a atravessar é algo difícil e que poderá acometer o seu bem-estar emocional. Independentemente de quem incentive a procura de apoio, o destinatário deve estar motivado para o mesmo, mas nem sempre é fácil a própria pessoa reconhecer que precisa de ajuda.
Se identifica alguns destes sinais ou circunstâncias de vida, o apoio psicológico pode ser-lhe benéfico.
Doente oncológico
- Alterações de humor súbitas (tristeza, raiva, ansiedade).
- Sentimentos de tristeza, angústia, desespero e choro frequentemente.
- Desinteresse em atividades que antes gostava e se sentia motivado a realizar.
- Confusão e/ou incapacidade para tomar decisões.
- Pensamentos constantes sobre a doença.
- Desesperança e receio do futuro.
- Medo constante e ansiedade.
- Incapacidade de fazer planos.
- Sentir falta de concentração nas tarefas que tem de realizar.
- Alterações nos hábitos de sono (dormir muito mais do que o habitual, dificuldades em adormecer, acordar várias vezes durante a noite, acordar durante a noite e não adormecer mais ou acordar várias horas antes do suposto, sono pouco reparador).
- Isolar-se das outras pessoas com quem contacta regularmente (excluíndo situações de confinamento pela pandemia).
- Alterações nos hábitos alimentares: deixar de comer, comer em demasia, deixar de fazer horários de refeição.
- Pensamentos de desvalorização em relação a si mesmo e /ou revolta com o corpo.
- Ter dúvidas ou sentir-se confuso sobre a doença, sobre os tratamentos,
- Vontade de desaparecer.
- Ideias acerca de fazer mal a si mesmo.
- Precisar de ajuda para comunicar com a equipa médica.
- Desinteresse ou evitamento de relacionamento sexual.
Sobrevivente
- Alterações de humor súbitas (tristeza, raiva, ansiedade).
- Sentimentos de tristeza, angústia, desespero e choro frequentemente.
- Relembrar constantemente a doença e situações que passou durante o diagnóstico e tratamentos.
- Desinteresse em atividades que antes gostava e se sentia motivado a realizar.
- Confusão e/ou incapacidade para tomar decisões.
- Desesperança e receio do futuro.
- Medo constante e ansiedade.
- Incapacidade de fazer planos.
- Sentir falta de concentração nas tarefas que tem de realizar.
- Sentir-se sozinho, incompreendido.
- Alterações nos hábitos de sono (dormir muito mais do que o habitual, dificuldades em adormecer, acordar várias vezes durante a noite, acordar durante a noite e não adormecer mais ou acordar várias horas antes do suposto, sono pouco reparador).
- Pesadelos persistentes com a doença.
- Isolar-se das outras pessoas e evitar novos contactos ou eventos sociais (excluíndo situações de confinamento pela pandemia).
- Alterações nos hábitos alimentares: deixar de comer, comer em demasia, deixar de fazer horários de refeição.
- Pensamentos de desvalorização em relação a si mesmo e /ou revolta com o corpo.
- Sentir-se confuso sobre si mesmo e sobre os seus projetos de vida.
- Vontade de desaparecer.
- Ideias acerca de fazer mal a si mesmo.
- Não gostar do seu dia-a-dia.
- Sentir que não merece ou não deve procurar um relacionamento íntimo com alguém.
- Desinteresse ou evitamento de relacionamento sexual.
Cuidadores
- Sentir que não tem “forças” para continuar.
- Sentir-se fisicamente e emocionalmente exausta/o.
- Choro recorrente.
- Sentir que "não se lembra de si" ou que não cuida de si.
- Conflitos no seio familiar ou com o/a cônjuge devido às novas circunstâncias.
- Medo constante e ansiedade.
- Incapacidade de descansar, dormir ou alimentar-se.
- Sentimentos de culpa ou de que não está a fazer tudo o que pode.
- Vontade de desaparecer.
- Ideias acerca de fazer mal a si mesmo/a.
- Sentir-se sozinho/a e desamparado/a.
- Desinteresse ou evitamento de relacionamento sexual.
- Saber que o paciente está em fase terminal.
- Estar em luto.